White Chocolate: A trajetória de Jason Williams na NBA

Jason Chandler Williams, conhecido por “White Chocolate”, foi um armador que atuou na NBA de 1998 até 2010. Teve destaque no basquete antes mesmo de ser draftado. Jason já era um ótimo armador no High School (o Ensino Médio norte-americano), sendo o único da história do colégio DuPont a atingir 1000 pontos e 500 assistências. Além disso, também foi escolhido o Jogador do Ano do Estado da West Virginia, em 1994.

O White Chocolate antes da NBA

Foto: Reprodução da Internet

No time do colégio, jogou ao lado do futuro astro da NFL, Randy Moss, um Wide Receiver recrutado pelo Minnesota Vikings. Ambos foram draftados em 1998,em suas respectivas ligas e também cursaram juntos a mesma faculdade, Marshall. Juntos levaram a equipe a uma final estadual, mas acabaram sendo derrotados.

Na NCAA, atuando pela Universidade Marshall, Jason chamou muita atenção de seu técnico, Billy Donovan. Contudo, o armador não jogou em 1994, pois precisava frequentar as aulas para garantir os 4 anos de faculdade. O termo em inglês é Redshirt, que determina a elegibilidade do atleta para o sistema de ensino.

Durante sua temporada como Freshman (calouro), teve médias de 13.4 pontos, 3.5 rebotes e 6.4 assistências por jogo. Após a saída de Donovan para treinar a faculdade da Flórida, Williams seguiu seu treinador, mas teve que ficar um ano sem jogar, por conta das regras de transferência da NCAA.

Em sua nova faculdade, virou o armador titular e quebrou a recorde de assistências num único jogo da instituição, com 17. Teve médias de 17.1 pontos, 6.7 assistências, 2.8 roubos de bola e 3 rebotes. Liderou o time na vitória contra a favorita Kentucky, porém, por uso de maconha, foi suspenso pela faculdade no restante da temporada, após duas infrações.

O basquete de rua chega em Sacramento

Foto: Reprodução da Internet

Jason tinha um estilo de jogar único, era um armador com uma grande habilidade de dribles, visão e passes fenomenais. Isso o fez ser escolhido na sétima do Draft de 1998, pelo Sacramento Kings. Ao lado de Chris Webber, Vlade Divac e Peja Stojaković, o jovem armador ajudou o time a virar Playoff Contender.

No seu ano de rookie, sua camisa 55 foi uma das 5 mais vendidas de toda a liga. Também era cotado a ser o Calouro do Ano, por ter causado um impacto imediato na mídia com suas jogadas e passes magistrais.

Foi selecionado pro All-Rookie First Team e impressionou a todos em sua aparição no Jogo dos Rookies. Um passe de cotovelo — que não resultou em cesta, e sim numa falta — foi o estopim para o efeito “White Chocolate” bombar na NBA. Definitivamente, tinha tudo para ser uma estrela.

Além disso, também protagonizou jogadas marcantes para cima de grandes jogadores. Williams driblou de Kobe Bryant até o histórico defensor Gary Payton. Paralelamente, o jovem treinava com pesos nos tornozelos e pulsos para ter o melhor handle possível.

Foram 3 temporadas em Sacramento, e todas indo aos Playoffs. Atingiu as seguintes médias:

1998-99: 12.8 pontos, 6 assistências e 3.1 rebotes

1999-00: 12.3 pontos, 7.3 assistências e 2.8 rebotes

2000-01: 9.4 pontos, 5.4 assistências e 2.4 rebotes

Em 2000, foi suspenso por 5 jogos por outro problema com maconha e levou diversas multas por xingar fãs adversários no ginásio. Os Kings queriam se livrar dos problemas e também se interessavam em contar com um armador para liderar a equipe

Sendo assim, a franquia trocou o jovem habilidoso e promissor Jason para obter Mike Bibby, experiente e que lideraria aquele time a uma Final de Conferência. Williams saiu de um contender para o Memphis Grizzlies — uma das franquias mais recentes da época.

Grizzlies, Heat e o seu primeiro título na NBA

Foto: Reprodução da Internet

O Grizzlies havia saído de Vancouver, no Canadá, para Memphis e tinha um jovem Pau Gasol, mas seguia como um dos piores times da liga. Com Jason, Gasol evoluiu seu jogo e o time fez a melhor campanha da franquia com 28 vitórias. Jason jogou por 4 temporadas em Memphis, com duas idas aos Playoffs. Suas médias foram:

2001-02: 14.8 pontos, 8 assistências e 3 rebotes

2002-03: 12.1 pontos, 8.3 assistências e 2.8 rebotes

2003-04: 10.9 pontos, 6.8 assistências e 2 rebotes (ida aos Playoffs)

2004-05: 10.1 pontos, 5.6 assistências e 1.7 rebotes (ida aos Playoffs)

Sua saída de Memphis foi um pouco conturba. Uma briga com o jornalista Geoff Calkins, que criticou a equipe e afirmou que Williams não ligava em ganhar jogos, embora, durante a última série contra o Phoenix Suns, tenha feito grandes apresentações. E assim, Jason foi para Miami.

Pelo Heat foram 3 temporadas, duas idas ao Playoffs e 1 título junto a Gary Payton, Dwyane Wade, Alonzo Mourning e Shaquille O’Neal. Foi o armador titular da campanha do título e, durante a Finais do Leste contra os Pistons, fez uma das suas melhores partidas com 21 pontos (10/11 arremessos convertidos) no Jogo 6. Teve as seguintes médias:

2005-06: 12.3 pontos, 4.9 assistências e 2.4 rebotes (Campeão da NBA)

2006-07: 10.9 pontos, 5.3 assistências e 2.3 rebotes (Ida aos Playoffs)

2007-08: 8.8 pontos, 4.6 assistências e 1.9 rebotes

Após virar agente livre, assinou com os Los Angeles Clippers por um ano, mas decidiu se aposentar por conta de inúmeras lesões.

Retorno as quadras e aposentadoria definitiva

Foto: Reprodução da Internet

Um ano após se retirar do basquete, Jason Williams retornou a NBA para jogar em Orlando sob o comando de Stan Van Gundy. Jogou todos os 82 jogos e participou de todos os jogos de Playoffs em que a equipe perdeu para o Boston Celtics nas Finais do Leste. Suas médias foram de 6 pontos, 3.6 assistências e 1.5 rebotes.

Depois de uma nova cirurgia no joelho, perdeu o início da temporada em Orlando e, com isso, sua vaga para novos jogadores do elenco, como Gilbert Arenas. Dessa maneira, o Magic renunciou seu contrato e ele retornou a Memphis para encerrar sua carreira.

Jason não foi All-Star e não chegou a ser a grande estrela pelos times que jogou, porém, deixou um importante legado. Seu legado se deu por sua grande habilidade em criar passes e pelo seu estilo de jogo ser muito ligado ao Streetball — o basquete de rua. Seu jogo nunca será esquecido pela NBA e por seus companheiros.

Além disso, foi o líder de assistências gerais de Memphis até ser ultrapassado por Mike Conley. Acertava bolas de 3 de muito longe, algo não era muito comum durante seus anos de liga. Entre 2002 e 2007, teve médias de apenas 1.6 turnovers por jogo, números muito baixos para um armador.

O que dizem as lendas (e o autor desta matéria)

Foto: Reprodução da Internet

Shaq, em entrevista ao programa de Kevin Garnett na NBA TV, disse que jogar com o Jason era fácil, porque era só levantar a mão que a bola chegava. Isso demonstra o seu estilo de jogo de “pass-first”, já que o próprio Williams admitia não ser muito bom em finalizações.

Gary Payton, um armador DPOY e ídolo de Seattle SuperSonics, respeitava muito Jason não apenas por ele ter o driblado, e sim pelo seu comprometimento em prol do time. Payton respeitava o estilo de jogo de Williams.

Chris Webber diz e confirma que Jason Williams era um dos melhores armadores com quem já dividiu a quadra. Os dois fizeram uma dupla incrível em Sacramento e eram muito amigos, o que ajudou muito no início bombástico de Jason na NBA.

Jason Williams é um grande exemplo de quando um jogador marca uma franquia, tanto que a maioria das camisas vendidas dos Kings são dele. Eu, torcedor dos Pistons, tenho uma camisa dele.

Gosto dele pelo estilo de jogo distinto e habilidoso. A forma com que ele oferecia um show ao público, como era impressionante e melhorava a sua equipe. Pessoalmente, caso passe a treinar basquete, minha meta é fazer o que ele fez na liga, muitas assistências. É um fundamento que fortalece equipes.

Mesmo ele tendo derrotado o meu Pistons para levar o título com o Heat, eu o respeito muito. Até hoje ele é citado como uma lenda do basquete, mesmo não sendo um All-Star. Ele é respeitado por um estilo de jogo que impressiona o público, o basquete-arte.

Hoje ele vive uma vida tranquila em Orlando e joga alguns rachões de vez em quando. Tentou jogar na Big 3, mas em seu primeiro jogo teve uma lesão no joelho.

E assim encerro este texto, gostaria daquele feedback e queria saber se gostaram de eu falar sobre jogadores da minha perspectiva.

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