A estrela escondida nas sombras do Big 3 formado por Chris Bosh, Dwyane Wade e LeBron James, a importância de Ray Allen vai além de apenas ser um veterano.
Desde que saiu da Universidade de Connecticut em 1996 e foi draftado pelo Milwaukee Bucks, Walter Ray Allen Jr entregava números crescentes temporada após temporada. Não obstante, foi uma peça essencial para o título de 2008 jogando pelo Boston Celtics, ao lado de Paul Pierce e Kevin Garnett e comandado pelo técnico Glen “Doc” Rivers.

Quando essas estrelas se separaram em uma troca promissora com o Brooklyn Nets envolvendo Pierce e Garnett, Allen seguiu o caminho oposto e foi jogar em Miami na temporada 2012-13. O ala-armador, em seus 37 anos, já não possuía a juventude e seus números eram reflexo disso.
Foram 79 jogos, sem atuar uma única vez como titular, afinal, disputava a posição com Wade, que era o líder da franquia no auge dos seus 31 anos. Com 2.035 minutos jogados, sendo aproximados 26 minutos por jogo, Allen entregava aproximadamente 11 pontos, 1.7 assistências e 2.7 rebotes por jogo.

Sua contribuição foi visível na porcentagem de arremessos, com 55.5% de eficiência no perímetro, 48% de conversões dentro da linha dos 2 pontos e 42% de conversões em bolas de três. Seus acertos ao redor do perímetro contabilizavam 44.9%.
Para efeitos comparativos, na melhor temporada regular individual (em pontos), Ray Allen registrava 26.4 pontos, 4.5 rebotes e 4.1 assistências, jogando 40.3 minutos por jogo.
A grande diferença é que, no antigo Seattle Supersonics, Allen estava em um time que potencializava suas qualidades em arremessos dentro e fora do perímetro.
Além disso, era também o principal pontuador ao lado de Rashard Lewis, mas não fez com que isso se concretizasse em uma classificação para os Playoffs, tendo em vista que o time terminava na 14º posição da Conferência Oeste.

Em sua temporada como campeão com o Boston Celtics na temporada 2007-08, ficou provado que ele tinha melhor proficiência no papel de coadjuvante. Com 32 anos, seus números diminuíram (17.4 pontos e 3.1 assistências), porém, Allen correspondia quando era exigido.
Uma prova disso foi o arremesso de 3 pontos para a vitória, em 2009, contra o Chicago Bulls de Derrick Rose, na primeira rodada dos Playoffs.
Teve ainda ótimas médias de 20.3 pontos, 5 rebotes e 2.5 assistências na Final contra o Los Angeles Lakers, em 41 minutos jogados com 50.2 % de conversões ao redor do perímetro, 52.4% de arremessos de três e 86.7% de lances livres convertidos.

Quando comparamos esses números com a Final contra o San Antonio Spurs de Tim Duncan e Kawhi Leonard, Ray Allen tinha apenas 27.5 minutos por jogo, entregando 10.6 pontos, 2.3 rebotes e 1.6 assistências por jogo.
Contudo, esses números não refletem precisamente o que o atleta contribuía em quadra. Pois suas porcentagens foram de 54.3% de conversões ao redor do perímetro, 54.5% de arremessos de 3 convertidos e 92.3% em lances livres.
A passagem de Allen em Miami é notória por ter atendido as necessidades do time como um jogador veterano de rotação, o que demonstrou que a rendia mais quando deixava de ser o centro das atenções, e passava a converter seus pontos para complementar o placar, principalmente contra equipes extremamente defensivas, como o Spurs comandado por Greg Popovich.
A prova disso fica mais evidente no Jogo 6 das Finais de 2013, em que, após um passe de Chris Bosh, Ray Allen acertou um arremesso da “zona morta” para empatar a partida em 95 a 95, levando o duelo para a prorrogação e empatando a série em 3 a 3.
Sua contribuição levou ao Jogo 7, que coroou o Heat como campeão e LeBron James como MVP das Finais.
No dia 19 de junho de 2022, esse icônico arremesso completou 9 anos. Atualmente, o lance é considerado parte valiosa da história dos 75 anos da NBA.
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Um comentário em “Ray Allen, O Atirador do Rei”