De Dirk Nowitzki até Chet Holmgren: Como a presença de “Unicórnios” vem crescendo na NBA

Recentemente a segunda escolha do Draft de 2022, Chet Holmgren, vem chamando a atenção com um dos biotipos mais incomuns já visto no basquete. Contudo, ele não é o primeiro “estranho” a aparecer na NBA. Neste artigo, vou adentrar sobre outros casos.


Para começar, o que é o termo unicórnio?

As primeiras referências ao termo “unicórnio” no basquete começaram com Serge Ibaka, durante a temporada de 2014, além de um artigo sobre Draft no YouTube, em 2015 publicado pelo Grantland.

No vídeo, Rafe Bartholomew analisa Mouhammadou Jaiteh, pivô de 2,10 de altura que arremessa em 3 segundos. Rafe reflete sobre o potencial do jogador para ser um “unicórnio de aros” da vida real, uma forma impossível, mas existente, de um jogador de basquete. 

Com o tempo, o termo foi popularizado principalmente quando Kevin Durant o adotou para definir o letão Kristaps Porziņģis. Por outro lado, o próprio Durant passou a ser considerado um unicórnio, por ser um jogador de 2,08 que atua como ala.

Assim, listamos os principais jogadores quem podem serem considerados unicórnios na NBA. Confira a lista:

Dirk Nowitzki

Foto: Reprodução/NBA E

Chegando na NBA em 1998 o alemão de 2,13 talvez possa ser considerado o percussor do termo antes mesmo dele existir, por ser o primeiro “Big” arremessador da NBA. Dirk chegou na NBA com pouca expectativa do público, por não ter um físico atlético.

Porém, posteriormente chamou atenção por sua habilidade em executar fadeaways, e arremessando com eficiência para três pontos, inclusive, sendo o primeiro ala-pivô a vencer o Campeonato de 3 Pontos da liga, em 2006.

Kevin Durant

Foto: Reprodução/NBA E

Se Dirk Nowitzki foi o protótipo de um unicórnio, Durant levou isso a outro nível. Com 2,08, um tamanho geralmente comum para atuar próximo do aro, Durant chamou atenção por conseguir armar o jogo e produzir com uma agilidade anormal para seu tamanho e envergadura, de uma forma nunca vista antes na liga.

Dono de um arsenal ofensivo completo em todos os setores da quadra, o ala é um dos únicos atletas da lista, ao lado de Dirk, a integrar o seleto Clube dos 50/40/90. E pensar que, após ser draftado em 2007, havia certa desconfiança do público — por ser “magro demais” para seu tamanho.

Giannis Antetokounmpo

Foto: Reprodução/NBA E

Draftado em 2013, diferentes dos exemplos anteriores Giannis, com seu 2.11 de altura, não chama atenção pela facilidade de arremesso, mas sim pela sua explosão em quadra. O Greek Freak não recebeu esse apelido à toa, já que é um jogador com enorme habilidade de infiltração, misturando agilidade e explosão.

Com apenas 27 anos, o grego já é um dos maiores nomes da NBA atual, mesmo que talvez não tenha chegado ao seu melhor, já que seu repertório continua evoluindo a cada temporada.

Unicórnios que impactaram a liga, mas que deixaram a desejar (até o momento): Kristaps Porziņģis e Ben Simmons

Foto: Reprodução/NBA E

Porziņģis, o letão de 2,21, chegou na NBA com certa expectativa, sendo a quarta escolha do Draft de 2015.

Embora parte da torcida do New York Knicks o olhasse com desconfiança, ele conseguiu se estabelecer no time em alto nível, sendo um ala-pivô que conseguia pontuar para três pontos com certa facilidade, além de uma agilidade que parecia ainda mais anormal que os unicórnios anteriores, chegando até a figurar no All-Star Game de 2018.

No entanto, sua carreira ao longo do tempo foi muito prejudicada por lesões que fizeram perder seu valor e qualidade.

Em 2019, o letão foi trocado para o Dallas Mavericks com a expectativa de ser o companheiro ideal para Luka Doncic, mas o que se viu foi um jogador que não conseguia se manter saudável e, quando atuava, viu seu nível defensivo que era, até então, um das suas melhores qualidades decair de forma abrupta. Hoje, Porziņģis tenta reerguer sua carreira no Washington Wizards.

Ben Simmons, por sua vez, chegou na NBA como a primeira escolha do Draft de 2016. O australiano já chegava como o armador mais alto da história da NBA, com 2.11 de altura. Todavia, ficou de fora da temporada de 2016-17 por lesão. Já na temporada seguinte, Simmons foi o Novato do Ano em duelo muito disputado com Donovan Mitchell.

Simmons chamava atenção por ser um playmaker refinado, com uma defesa completa em todos os setores do quadra. Além disso, conseguia pontuar bem em infiltrações, mas tinha dificuldades de criar seu próprio arremesso, o que acabou se tornando o maior problema de sua carreira.

Ao longo das temporadas foi se consolidando como um dos melhores defensores da NBA indo para All-Star Game e sendo elegido para os Times de Defesa.

Entretanto, nos Playoffs com os Sixers, sua dificuldade de arremessos acabou sendo utilizado pelos seus adversários, culminando no famigerado “Hack-a-Shaq”, o que acabou gerando antipatia da própria torcida com o armador. Atualmente, após ser adquirido via troca pelo Nets, Simmons tenta provar que ainda é um jogador confiável.

Chet Holmgren e Victor Wembanyama seriam o futuro da NBA?

Foto: Reprodução da Internet

Recém draftado pelo Thunder, Chet Holmgren chega na NBA com questionamentos até semelhantes aos de Kevin Durant, porém, chega com certa expectativa, visto que seu jogo ágil é bem similar ao próprio KD.

O jovem também chamou atenção por utilizar os dribles consagrados de Stephen Curry, como podemos ver no vídeo a seguir:

Por sua vez, o francês de 2,20, Victor Wembanyama é fortemente pretendido para ser a primeira escolha do Draft de 2023. Seu jogo, assim como Holmgren, também flui muito bem pela agilidade e arremesso. Também possuí um físico magro, mas chama muita atenção por um jogo defensivo bem maduro, a ponto de dar trabalho para seu compatriota Rudy Gobert em um duelo 1 contra 1.

Não sabemos se esses jovens vão vingar na NBA, afinal, os exemplos acima mostram que não é tão fácil como imaginamos. Por outro lado, não podemos negar que a expectativa colocada em cima deles é altíssima.

Menções honrosas: Não considerei muitos dos pivôs surgidos nesta última década como Nikola Jokic, Joel Embiid, Karl-Anthony Towns, Anthony Davis entre outros por serem considerados pivôs modernos, ou seja, dentro do nosso tempo eles ainda são “normalizados”, o que seria diferente nos anos 2000 para atrás.


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