No Campeonato Sul-Americano de 1937, a seleção brasileira precisou utilizar dois uniformes alternativas bem inusitados.
A famosa “Camisa Canarinho” é um símbolo do futebol brasileiro. Com a amarelinha, a seleção brasileira ganhou suas cinco Copas do Mundo, e pode ganhar a sexta conquista este ano, no Catar.
No entanto, como sabemos esta nem sempre foi a camisa utilizada pela seleção brasileira. O uniforme branco foi, entre 1914 até 1952, o fardamento oficial do Brasil – até o fatídico Maracanaço, em 1950.
Nesse período, houve duas ocasiões que a seleção brasileira precisou recorrer a uniformes alternativas, num verdadeiro “improviso”. Isso ocorreu no Campeonato Sul-Americano de 1937, e é justamente essa história que iremos contar.
A bandeira do Brasil não é vermelha, mas o uniforme já foi
Antes de 1958, a seleção brasileira fazia uso de um único uniforme – a camisa branca com gola azul. Até mesmo na conquista do primeiro título mundial, o Brasil precisou criar, as vésperas da final contra a Suécia, a famosa camisa azul – que viria a se tornar a segunda camisa oficial.
Para o torneio de 1937, a situação foi bem semelhante. Na primeira fase, o Brasil enfrentou o Peru, que sempre jogou com a camisa branca e a tradicional faixa diagonal vermelha.
Sendo assim, para que não houvesse confusão na hora do jogo, um sorteio foi realizado e, por conta disso, coube ao Brasil jogar com uma camisa com outra tonalidade.
A solução foi bem inusitada e que, nos dias de hoje, certamente dividiria ainda mais o país. No duelo contra os peruanos, a seleção brasileira foi a campo com a camisa vermelha do Independiente, da Argentina.
Dentro das quatro linhas, o Brasil saiu com a vitória em um jogo bem movimentado (3 a 2). E se este evento já não tivesse sido surreal o bastante, a segunda fase do torneio proporcionou uma situação ainda mais curiosa.
Sim, a seleção brasileira já vestiu a camisa do Boca Juniors
O arquirrival de todas as equipes brasileiras em competições continentais, o temido Boca Juniors, já cedeu seu fardamento para o Brasil. Dessa vez, o Chile (que também vestia branco) saiu vitorioso no sorteio feito pelos organizadores.
Por isso, novamente o Brasil precisou jogar com uma camisa improvisada que, segundo relatos, foi emprestada por um colaborador do torneio, que era torcedor do Boca e ligado a diretoria do clube argentino.
Curiosamente, esta foi a primeira vez que a seleção brasileira vestiu azul e amarelo. Logo, o resultado não poderia ser diferente: mais uma impressionante vitória por 6 a 4.
Já na grande decisão contra a Argentina, a seleção brasileira empatou o primeiro jogo em 0 a 0 – vestindo, enfim, o traje branco. Contudo, no duelo de desempate, os anfitriões levaram a vitória (2 a 0) e o título.
Voa, canarinho, voa!
Desde que adotou o Uniforme Canarinho, a seleção brasileira só voltou a jogar com outra cor (que não fosse amarelo ou azul) na Copa América de 2019. Na competição sediada no país, a CBF decidiu revisitar a antiga camisa branca.
Como uma espécie de “redenção” ao uniforme “banido” após a derrota em 1950, a seleção brasileira foi campeã do torneio diante do Peru, por 3 a 1.
Ainda assim, é notório o simbolismo que a amarelinha conquistou, assim como o traje azul. Ocasionalmente, a Nike faz lançamentos de “terceiras camisas”, para torcedores. Todavia, é o canarinho que prevalece nos gramados.
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Fora da Linha 
Edu! Parabéns!! Meu pai é APAIXONADO por futebol. Um dia eu te conto algumas histórias divertidas dele com o Santos FC, o Pelé etc… kkk.
Ele AMOU essa matéria, disse que você tem futuro rsrs: “Eu não sabia disso, esse menino é porreta mesmo né filha?!”
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